A Síntese Analógica é um método de criação de sons que utiliza circuitos eletrônicos analógicos, onde a representação do som é feita por meio de uma tensão elétrica que varia de forma contínua.

A forma mais comum de síntese analógica é a síntese subtrativa, que funciona de maneira parecida com a de um escultor. Você começa com um bloco de material sonoro bruto e vai "esculpindo" até chegar ao timbre desejado.

O processo geralmente segue estes passos:

1. Oscilador (VCO): Gera uma onda sonora simples, mas rica em harmônicos (o "bloco de pedra"). As formas de onda mais comuns são a dente de serra, a quadrada e a triangular.

2. Filtro (VCF): "Esculpe" o som, removendo ou atenuando certas frequências para alterar o timbre. É como usar diferentes ferramentas para dar forma à pedra.

3. Amplificador (VCA): Controla o volume do som ao longo do tempo.

4. Moduladores (LFO e Gerador de Envelope): Criam movimento e articulação no som. O Gerador de Envelope (como o ADSR) define o "formato" do volume ou do filtro, enquanto o LFO (Oscilador de Baixa Frequência) cria modulações cíclicas, como o vibrato.

A beleza da síntese analógica está nas imperfeições e na natureza "viva" dos circuitos, que dão aos sons um caráter quente e orgânico, muito valorizado na música eletrônica. Sintetizadores clássicos como o Moog Minimoog e o Roland Jupiter-8 são exemplos icônicos de síntese analógica.