As Classes de Amplificadores (A, AB, D, G, etc.) são categorias que descrevem a topologia do circuito de um amplificador de potência, ou seja, a forma como seus transistores funcionam.

1 Cada classe representa um balanço diferente entre fidelidade sonora e eficiência energética.

Classe A

É a classe com a mais alta fidelidade sonora. Seus transistores estão sempre ligados (conduzindo 100% do tempo), o que elimina a distorção de cruzamento (crossover distortion). No entanto, é extremamente ineficiente (em torno de 25%), pois desperdiça a maior parte da energia como calor, mesmo quando não há sinal de áudio. É a escolha para audiófilos que buscam a pureza máxima do som.

Classe AB

É o meio-termo perfeito e a classe mais comum em amplificadores de hi-fi e de estúdio. Cada transistor conduz um pouco mais da metade do tempo, operando em Classe A para sinais de baixo volume e mudando para Classe B (onde cada transistor amplifica metade da onda) para sinais de alto volume. Isso oferece uma ótima qualidade sonora, muito próxima da Classe A, mas com uma eficiência muito maior (em torno de 50-65%).

Classe D

É a classe mais eficiente de todas (acima de 90%). Funciona como um interruptor, ligando e desligando os transistores milhares de vezes por segundo (usando uma técnica chamada PWM) para criar a onda sonora. Por gerar muito pouco calor, permite a criação de amplificadores muito potentes, pequenos e leves. Embora antigamente fossem considerados de menor qualidade, os amplificadores Classe D modernos alcançaram uma fidelidade sonora comparável à da Classe AB e dominam o mercado de caixas ativas, som automotivo e subwoofers.

Classes G e H

São variações mais eficientes da Classe AB. Em vez de terem uma única voltagem de alimentação, elas possuem múltiplos "degraus" de voltagem. O amplificador usa uma voltagem mais baixa para sons de baixo volume e só aciona as voltagens mais altas quando a música exige picos de potência. Isso reduz o desperdício de energia, tornando-os mais eficientes que a Classe AB tradicional.